O que é a bioluminescência?
A bioluminescência é um fenômeno natural em que os organismos vivos produzem luz. Essa capacidade é amplamente encontrada em diversos seres vivos, incluindo bactérias, fungos, algas, invertebrados marinhos, como medusas e camarões, e até mesmo alguns peixes e répteis. A bioluminescência é gerada por meio de uma reação química interna nos organismos.
Ela envolve a conversão de energia química em energia luminosa, resultando na emissão de luz visível. Geralmente, essa reação ocorre entre uma substância chamada luciferina e uma enzima chamada luciferase.
Para que serve?
Existem diferentes tipos de bioluminescência, que variam de acordo com os organismos envolvidos e os mecanismos específicos de produção de luz. Alguns organismos usam a bioluminescência para atrair presas ou parceiros, como é o caso de vaga-lumes e alguns peixes das profundezas marinhas. Outros utilizam a luz para se camuflar, confundindo predadores ou criando ilusões ópticas. Além disso, há organismos bioluminescentes que emitem luz como uma forma de defesa, assustando ou afastando possíveis agressores.
Dinoflagelados
Quando perturbados, como pela agitação da água causada por ondas, correntes ou até mesmo pelo movimento de um organismo predador, os dinoflagelados bioluminescentes emitem um brilho característico, criando uma exibição luminosa conhecida como "maré luminosa" ou "maré de luz".
Um exemplo famoso de bioluminescência em dinoflagelados é o fenômeno conhecido como "maré vermelha luminosa". Quando certas espécies de dinoflagelados se proliferam em grandes quantidades, eles podem criar uma aparência avermelhada na água durante o dia. No entanto, à noite, esses dinoflagelados se tornam bioluminescentes, produzindo uma intensa luminosidade azul-verde, que pode ser espetacular de se ver.
Atualmente existem 3.881 espécies na superclasse Dinoflagellata, entre as quais 68 foram classificadas como bioluminescentes.
Trouxemos algumas espécies para vocês:
Noctiluca scintillans
Pyrocystis fusiformis
Lingulodinium polyedrum
Gonyaulax polyedra
Pyrodinium bahamense
Essas são apenas algumas das muitas espécies de dinoflagelados bioluminescentes. Cada uma delas pode ter características e padrões de bioluminescência únicos, mas todas compartilham a capacidade de produzir luz visível.
Em nossa última coleta encontramos duas espécies (Protoperidinium depressum e Tripos fusus) de dinoflagelados que são classificadas como bioluminescentes. Ainda não conseguimos visualizar o evento de bioluminescência, mas continuamos realizando as amostragens e observações periodicamente.
No entanto, a bioluminescência é um fenômeno bem documentado em várias partes do mundo, especialmente em ambientes marinhos. Há relatos de ocorrências de bioluminescência em diversos locais, como baías, praias e oceanos ao redor do globo.
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