Hepatoxinas são substâncias tóxicas que têm como alvo principal o fígado, causando danos hepáticos. Estas toxinas podem ser produzidas por diferentes organismos, incluindo bactérias, fungos, plantas e principalmente cianobactérias, também conhecidas como algas azuis.
As hepatoxinas produzidas por cianobactérias são de particular interesse em estudos de qualidade da água e monitoramento ambiental, pois podem contaminar recursos hídricos e representar um risco significativo à saúde pública.
Entre as hepatoxinas mais conhecidas produzidas por cianobactérias estão:
Microcistina
Nodularia
Cilindrospermopsina
Microcistina: São as hepatoxinas mais comuns e são produzidas por várias gêneros de cianobactérias, incluindo Microcystis, Anabaena, Oscillatoria, Nostoc, Anabaenopsis, Hapalosiphon e Planktothrix. Elas inibem proteínas fosfatases no fígado, levando a danos celulares e podendo causar tumores hepáticos.
Nodularina: Produzidas principalmente pela Nodularia spumigena, têm um mecanismo de ação similar ao das microcistinas, também inibindo proteínas fosfatases e causando danos hepáticos.
Cilindrospermopsina: São produzidas por várias espécies de cianobactérias, incluindo Cylindrospermopsis raciborskii, Aphanizomenon ovalisporum, Umezakia natans e Raphidiopsis curvata.
Efeitos na Saúde
A exposição a hepatoxinas pode ocorrer através da ingestão de água contaminada, inalação de aerossóis ou consumo de peixes e mariscos contaminados.
Os sintomas da intoxicação podem variar de leves a severos, incluindo:
Dor abdominal
Diarréia
Náuseas e vômitos
Icterícia (amarelamento da pele e olhos)
Insuficiência hepática aguda
Falência hepática e renal
Em casos graves, a exposição pode levar à morte se não tratada adequadamente.
Prevenção e Monitoramento
Desde o primeiro relato de intoxicação de animais relacionados a cianobactéria tóxica publicado por George Francis na revista Nature em 1878, a floração de cianobactérias em ecossistemas aquáticos tem sido referida em várias regiões do mundo. Essas florações tóxicas tem provocado mortes de animais domésticos e silvestres, além de intoxicações em humanos.
Para prevenir a exposição a hepatoxinas, é fundamental realizar o monitoramento regular de corpos d'água, especialmente aqueles utilizados para abastecimento público, recreação e pesca. Medidas de controle incluem o tratamento adequado da água e a implementação de programas de vigilância para detectar e mitigar floração de cianobactérias.
Nossos Serviços Incluem:
Monitoramento regular: Análise frequente de corpos d'água para detectar a presença de cianobactérias produtoras de toxinas.
Identificação e quantificação: Utilização de técnicas avançadas para a identificação e quantificação de cianobactérias , seguindo os padrões estabelecidos.
Determinação de toxinas por cromatografia líquida: Microcistina, Saxitoxina, Anatoxina e Cilindrospermopsina.
Consultoria especializada: Orientação e suporte técnico para a gestão e mitigação de riscos associados às cianotoxinas.
Treinamento e capacitação: Cursos e treinamentos para capacitar profissionais na identificação e manejo de cianobactérias e suas toxinas.
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