A floração de algas nocivas (FAN), também conhecida como maré vermelha, é um fenômeno natural em que certas espécies de algas se reproduzem rapidamente e em grande quantidade, formando uma concentração excessiva em corpos de água, sejam eles marinhos ou de água doce.
Essas florações ocorrem quando condições ambientais específicas são favoráveis para o crescimento das algas, incluindo altas temperaturas da água, presença de nutrientes em excesso (como nitrogênio e fósforo), baixa turbulência da água e condições climáticas estáveis.
As algas nocivas podem produzir uma variedade de toxinas que representam sérios riscos para a vida marinha, incluindo peixes, mamíferos marinhos e aves, bem como para os seres humanos. Essas toxinas podem se acumular em organismos filtradores, como moluscos bivalves e crustáceos, que, quando consumidos por seres humanos, podem levar a intoxicações alimentares graves, causando sintomas que vão desde distúrbios gastrointestinais até danos neurológicos e morte em casos extremos.
Além disso, as florações de algas nocivas podem causar efeitos prejudiciais ao meio ambiente, incluindo a redução da biodiversidade, a deterioração da qualidade da água, a diminuição do oxigênio dissolvido e o enfraquecimento dos ecossistemas aquáticos como um todo.
Algumas das espécies de algas responsáveis por marés vermelhas incluem:
Alexandrium spp.: Esse gênero de dinoflagelados é conhecido por produzir toxinas paralisantes que afetam moluscos bivalves, como mexilhões e ostras, e podem representar um risco para a saúde humana.
Karenia brevis: Este dinoflagelado é comumente associado às marés vermelhas na região do Golfo do México. Ele produz brevetoxinas, que podem ser prejudiciais para a vida marinha e para os seres humanos, causando problemas respiratórios quando as células se rompem e liberam essas toxinas no ar.
Gymnodinium breve: Outro dinoflagelado comum em marés vermelhas, especialmente na costa da Flórida. Ele também produz brevetoxinas.
Pseudonitzschia spp.: Este gênero de diatomáceas é conhecido por produzir ácido domóico, uma toxina que pode se acumular em mariscos e causar envenenamento em humanos, conhecido como intoxicação amnésica por ácido domóico.
Dinophysis spp.: Alguns membros desse gênero produzem toxinas lipofílicas que podem se acumular em moluscos e causar intoxicação diarréica em humanos.
A prevenção e o monitoramento regular da qualidade da água são essenciais para lidar com as florações de algas nocivas.
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